Exclusivo . Ouça ‘Arrebol’, novo single do Onagra Claudique

Duo paulistano põe nova track no ar, mixada por Victor Rice e masterizada em Nova York

POR AMAURI STAMBOROSKI JR.
publicado em 22.04.2013 17:09  | última atualização 07.05.2013 11:29

Onagra Claudique POR Fernando Galassi

O duo paulistano Onagra Claudique, que estreou em 2012 com o EP A Hora e a Vez de Onagra Claudique, começa os trabalhos de 2013 com o single Arrebol, lançado com exclusividade aqui na Soma.

Gravado em abril de 2013 em São Paulo, com mixagem de Victor Rice e masterização no estúdio Sterling Sound, Arrebol ainda não garante uma data de lançamento para o álbum de estreia do grupo, explica Roger Valença, que forma o núcleo do Onagra ao lado de Diego Scalada.

Spinosa (Seychelles, Monique Maion), Tiago Bertolin e Ladislau Kardos (Mamma Cadela, Monique Maion) completam a formação, atuando como banda de apoio

Ouça e baixe Arrebol – que ainda conta com direção de arte de Marcos Argola – e leia abaixo uma entrevista com Roger Valença sobre o futuro do duo.



Porque um single? Podemos esperar por um álbum do Onagra pela frente? Com que frequência vocês compõem novas faixas?

Produzimos nossas faixas independentemente, pelo menos por enquanto. Por isso, não devemos prazos a ninguém. Por outro lado, não temos muito dinheiro. Como a veiculação pela internet permite, gostamos de lançar conforme é possível, sem a necessidade absoluta de um álbum completo. De qualquer modo, compomos bastante coisa. Embora nossas músicas demorem consideravelmente para ficar prontas (coisa de um ano, ou um ano e meio por faixa) trabalhamos e produzimos constantemente. Temos muito material. Por todas essas razões, sim, podemos esperar um álbum da Onagra Claudique pela frente, sem dúvida, mas não vou prometer uma data de lançamento (risos).

Vocês começaram com um EP e já conquistaram seu pedaço de espaço na cena indie paulistana. O Onagra surgiu mais por necessidade de transformar a expressão em música ou da vontade de expandir os horizontes?

Creio que a necessidade de transformar a expressão em música. Porque, de certa forma, tudo aconteceu naturalmente. Comecei a compor com o Diego pelo prazer de compor. Nunca paramos, e, consequentemente surgiu a oportunidade de gravarmos o EP. Com o EP vieram os shows e assim por diante. Obviamente, com esse "exercício" constante de composição expandimos nossos horizontes, pois nem eu nem o Diego temos formação musical.


Capa do single Arrebol

Existe um apelo à poesia na obra do grupo. Como é lidar com as dicotomias entre a palavra impressa e a palavra cantada? Tom e tempo são como verso e rima?

Existe uma aproximação muito grande da poesia e da música, em um passado muito remoto, a música e a poesia eram uma coisa só, indissociável. Existe sim um apelo à poesia, uma vez que em nossas canções há muitas referências explícitas de poetas pelos quais cultivamos uma já antiga admiração. Na palavra cantada há uma liberdade maior devido a sujeição do poema ou letra à harmonia. A palavra escrita tem uma autonomia maior porque nela também está contido o ritmo e os outros elementos poéticos que dão uma musicalidade à poesia. Aí está a dificuldade em trabalhar com as letras poeticamente. A escritura prosaica é fluida, mas os versos "respeitam" a melodia da música. Creio que o ideal é achar o equilíbrio de uma letra poética bem trabalhada que não fique hermética ou excessivamente erudita (no mau sentido do termo). A música só tem a ganhar com isso.

Se fosse um personagem de ficção, como Onagra Claudique se pareceria?

Raskólhnikov & Razumíkhin [personagens de Crime e Castigo, de Dostoiévski]

tags:
 somacast, arrebol, onagra claudique, dostoiévski

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