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A convergência cultural, ironicamente estampada na bandeira inglesa, transformou a cidade na capital do mundo em meados da década passada. Londres é o espaço mais cosmopolita do mundo, definitivamente. Lugar onde a língua inglesa se mistura com mais de outros 40 idiomas falados ali, assim como os próprios ingleses, os quais ocupam apenas uma fatia da população na capital britânica, onde a maioria é estrangeira. Londres é verborrágica: Mind the Gap! Look Right! Next Stop: Brooke Road... Os muros e janelas falam pelos cotovelos e o transporte coletivo é uma amostra clara do que seria a Torre de Babel. O excesso de informação londrino e a verve multicultural dá barato em alguns e bad trip em outros. Não é a toa que por lá se toma chá com leite. Alright Mate! Porém, apesar do frenesi explícito, existe uma Londres que acontece nas entrelinhas. Instantes em que a cidade entra em sincronia com seus personagens e por fim comunica - algo relativo ao inconsciente coletivo talvez, que se materializa numa fração de segundos. Captar esses momentos é o gol na fotografia de rua - a recompensa depois de horas caminhando pelas ruas da cidade.
“O diabo na rua, no meio do redemunho” (Guimarães Rosa)
Trabalhando como fotógrafo desde 1998, quando iniciou o curso de Jornalismo, Rafael Bastos hoje divide as atividades entre São Paulo e Londres. Entre o trabalho na imprensa e também com fotografia comercial, acabou encontrando um importante veículo criativo com a fotografia de rua. “Meu interesse pela fotografia de rua começou quando me mudei para a Inglaterra. Desde então existe uma boa possibilidade de você me encontrar por aí capturando imagens da vida na rua”, explica Bastos.