O rapper e empresário P. Diddy (ou Sean Combs) teria encomendado o atentado que matou o rapper Tupac Shakur e deixou o empresário Suge Knight perto da morte em 1996. Essa é a principal alegação por trás do livro Murder Rap, do ex-detetive de homicídios de Los Angeles Greg Kading, que será publicado nos EUA nesta terça-feira (4). Segundo o semanário LA Weekly, Kading ainda afirma, baseado em depoimentos coletados durante a investigação do assassinato, que Knight teria ordenado em 1997, a título de retaliação, a morte de Notorious B.I.G., rapper nova-iorquino produzido por Combs.
Até o momento, a polícia norte-americana não prendeu ninguém relacionado aos crimes, mas Kading copiou documentos e depoimentos que mostram que o caso pode ter solução. De acordo com o ex-policial, Keffe D, acusado pela polícia de Los Angeles como o chefão de uma cadeia de tráfico de PCP, afirma ter recebido US$ 1 milhão de P. Diddy para matar Tupac e Knight em uma emboscada. Encurralado pelas investigações, ele estaria colaborando com a polícia para evitar uma pena que pode variar de 25 anos à prisão perpétua.
Em outro documento da polícia californiana, a mãe de um dos filhos de Knight – identificada no livro de Kading como “Theresa Swann” – afirma às lágrimas que o dono da então Death Row Records deu a ela dinheiro para pagar Wardell “Poochie” Fouse pela morte de Notorious B.I.G.
Segundo o LA Weekly, as investigações que levaram às confissões começaram graças a uma força tarefa entre a polícia de Los Angeles e agentes do DEA e do FBI, iniciada em maio de 2006. O principal foco da equipe era esclarecer a morte de Biggie, que aconteceu em março de 1997 em Los Angeles. O assassinato de Tupac, por sua vez, fica sob a jurisdição da polícia de Las Vegas, onde o atentado ocorreu em setembro de 1996.
Quem se interessa pelo caso pode conferir neste link a longa e completa reportagem do LA Weekly (em inglês), detalhando as idas e vindas do caso e, ao mesmo tempo, revelando as entranhas da polícia de Los Angeles.