Terror nas HQs brasileiras . Brás, vampiras, gringos e mangás

Um mergulho na produção nacional de quadrinhos de terror nos anos 50 e 60.

POR ADRIANA TERRA
publicado em 24.05.2012 22:31  | última atualização 31.05.2012 18:24

POR Divulgação

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“Enquanto o Rio tinha a Embrafilme – eram todos de esquerda, mas estavam mamando nas tetas da ditadura militar –, o pessoal da Boca do Lixo de São Paulo fazia filmes populares que davam bilheteria, e vivia disso. Nos quadrinhos era mais ou menos a mesma coisa: o Rio tinha os super-heróis, o Roberto Marinho, o Adolfo Aizen, enquanto aqui em São Paulo havia a identificação com o público”, compara Álvaro de Moya, de 81 anos, autor de Shazam! e História da História em Quadrinhos, ao comentar essa produção.


As origens do quadrinho de terror brasileiro, cuja “fase de ouro” se deu na década de 1960, conectam-se com a produção norte-americana de hQs. Foi em 1950 que revistas hoje consideradas clássicas como Contos da Cripta chegaram às bancas dos Estados Unidos, espalhando uma tendência que despontava desde o fim da Segunda Guerra Mundial na indústria norte-americana: o terror. A EC Comics não foi a pioneira do gênero, que desde 1947 aparecia aqui e ali, mas teve papel importante ao lançar revistas como a Contos e Cripta do Terror. No Brasil, foi também em 1950 que a pequena editora La Selva, empresa de imigrantes italianos que viviam em São Paulo, decidiu lançar um material da revista norte-americana Black Terror, publicado no país como Terror Negro.


Na época, grandes editoras como a Ebal, de Adolfo Aizen, e a RGE, de Roberto Marinho, lançavam os campeões de vendas como Flash Gordon e os gibis da Disney, deixando de lado as “rerbarbas”, que eram trazidas ao Brasil pelos representantes dos syndicates, agências de que distribuíam os direitos de reprodução dos quadrinhos para jornais e outros veículos. Foi a partir dessas rebarbas que as histórias de terror aportaram por aqui.


"Eu sempre digo que Deus é brasileiro, mas o Diabo também é, porque em cada encruzilhada tem vários tipos: baixo, bonito, feio... A gente tá cheio de diabo!"
José Mojica Marins


A Terror Negro era de início uma tradução literal da revista americana. O personagem que dava nome à publicação tinha desenhos de Jerry Robinson e roteiros de Mort Meskin. Um ano depois, suas histórias deixaram de ser publicadas nos EUA, mas no Brasil a revista vendia bem, e a intenção era mantê-la em circulação. Para contornar o problema, a La Selva passou a importar histórias de terror de outra editora, a Beyond, mas o título foi mantido. Chegaram assim ao público brasileiro hQs de autores variados, narrando dramas sobre maridos aproveitadores que se davam mal e viúvas assassinas atormentadas pela consciência pesada, entre outros argumentos do tipo. A Terror Negro vendia-se na época como “a única revista no gênero que se publica no Brasil” – embora, em 1937, o Brasil já tivesse conhecido o horror de Garra Cinzenta, série criada por quadrinistas brasileiros que foi uma espécie de pioneira isolada do gênero no país (que ganhou uma compilação pela Conrad em 2011).


A publicação da La Selva estimulou o surgimento de outras editoras, muitas delas localizadas no bairro paulistano do Brás, o que popularizou a expressão “editoras do Brás” – embora a La Selva funcionasse na Vila Mariana, seus fundadores eram do Brás, e sua gráfica ficava no bairro. Apesar da inconstância na periodicidade das publicações e de algumas delas desaparecerem das bancas após poucas edições, as “editoras de fundo de quintal” abocanharam toda uma fatia do mercado, que inicialmente havia sido renegada.


Além da peculiaridade de as editoras terem se desenvolvido no bairro do Brás, outra curiosidade nos quadrinhos de terror brasileiros é a presença de artistas estrangeiros. A primeira oportunidade para eles, e para quem mais quisesse produzir terror no Brasil, surgiu por meio das capas. Como as histórias eram compradas soltas e compiladas pelas próprias editoras, as capas tinham de ser criadas aqui, e dessa forma desenhistas como o italiano Nico Rosso e o português Jayme Cortez puderam se destacar. “O Cortez fazia capas excelentes, de um apelo popular muito grande. Você olhava na banca e ficava com vontade de comprar. Ele fazia duas luzes, uma luz azul que vinha de um lado e uma luz vermelha que vinha do outro, então todo desenho dele tinha uma espécie de terceira dimensão, porque ele jogava com uma cor fria e uma cor quente. Tinha sangue, tinha o luar, o medo, a pessoa pálida”, comenta Álvaro de Moya, que foi parceiro de trabalho de Cortez na década de 1950.


Já Nico Rosso, além de desenhar muitas capas, participou também da produção das histórias, que começou a se desenvolver com mais força no início da década de 1960. Outros estrangeiros que moravam no Brasil e atuaram nesse período foram os argentinos Osvaldo Talo e Rodolfo Zalla, além do ítalo-argentino Eugenio Colonnese. “Eu via as histórias nacionais que o pessoal fazia, conhecia as histórias americanas, então vi ali uma possibilidade interes- sante de desenhar, porque nas histórias de terror você tem um leque muito grande de ambientes para tratar”, conta Zalla, hoje com 81 anos.




Um impulso para que passassem a ser produzidas no Brasil HQs de terror, e não apenas capas de revistas, foi a censura nos EUA. A partir dos argumentos do psicanalista Fredric Wertham, que enumerou os supostos malefícios da leitura dos quadrinhos para crianças e adolescentes no livro Seduction of the Innocent, de 1954, o governo norte-americano começou a pressionar as grandes editoras, que instituíram um código que acabou marginalizou as histórias de terror: o Comics Code Authority. Dividido em três partes, o código estipulava regras como: “Em toda e qualquer situação, o bem deve triunfar sobre o mal e os criminosos devem ser punidos por seus delitos”. As revistas que passavam ilesas por essa avaliação vinham com o selinho “Approved by Comics Code Authority”. Várias publicações que eram consideradas “más influências” saíram do mercado, e o terror foi um dos gêneros que mais sofreu com isso.


"Baseado no que ouvia desde crança, de que marido ou namorado traído era 'corno' ou 'chifrudo', inspirou-me o roteiro de 'Satanásia', a Mulher do Diabo. Está claro que é sobre Satanásia e seu adultério, em que ela seduz um guapo contenado ao inferno. O diabo descobre e desencadeia sua ira e vingança"
Júlio Shimamoto


As primeiras hQs de terror feitas no Brasil depois disso foram de Gedeone Malagola (“Concerto para horror”, de 1953) e do desenhista Júlio Shimamoto, em 1957. “Baseado no que ouvia desde criança, de que marido ou namorado traído era ‘corno’ ou ‘chifrudo’, inspirou-me o roteiro de ‘Satanásia, a Mulher do Diabo’. Está claro que é sobre Satanásia e seu adultério, em que ela seduz um guapo condenado ao inferno. O diabo descobre e desencadeia sua ira e vingança”, detalha o desenhista, que vive em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, e tem 72 anos.


Nessa época, mais especificamente em 1961, também surgia no Brasil a editora Continental, que mais tarde passou a se chamar Outubro e depois Taika. Formada por um grupo de cerca de cinquenta profissionais, incluindo os já citados Rosso, Shimamoto, Malagola e também Mauricio de Sousa, a editora tinha como objetivo publicar apenas material nacional.


Apenas dois anos depois, no entanto, um código bem similar ao Comics Code Authority norte-ame- ricano seria instituído, representando um baque na produção nacional de terror e outros gêneros mais "lado B", como o erotismo. Desenvolvido pelo governo junto com os representantes das grandes editoras, ficou conhecido como Código de Ética, e entre suas imposições estavam as clássicas “nada de sexo, violência ou cultura importada”. Para o desenhista Júlio Shimamoto, “era incontestável que esse ato tinha por objetivo marginalizar e coibir a expansão das pequenas editoras, que estavam crescendo de forma vertiginosa”.


A cultura importada citada no Código de Ética é um maneirismo muito comum nos primeiros quadrinhos de terror nacionais. Com suas histórias passadas em castelos e lugares frios e seus personagens com nomes gringos, as hQs de terror brasileiras davam pano para manga para que os inimigos do gênero as criticassem por um viés nacionalista. Para Álvaro de Moya, porém, essa crítica era injusta. "Embora eles estivessem fazendo coisa estrangeira, já era ao estilo brasileiro. É como o Carlos zéfiro, que usava o nome estrangeiro nos ‘catecismos’ dele, mas o estilo, os desenhos, o machismo, o comportamento psicológico sexual já era uma coisa tipicamente brasileira. Quando eles começaram a fazer terror, embora usassem o nome, a roupa e o castelo estrangeiro, já era o quadrinho brasileiro, porque tinha o tom brasileiro", explica o pesquisador.


Apesar de levantar temores, o Código de Ética não teve tanto impacto sobre as vendas. Segundo Zalla, as revistas mais bem-sucedidas chegavam aos 30 mil exemplares mensais – e o gênero continuou se desenvolvendo e ganhando influências ao longo da década. O tom mais brasileiro que faltava de início veio com os roteiros de Maria Aparecida Godoy. “Comecei a escrever roteiros entre 1965 e 1966. Era muito difícil se divertir naquela época. Eu morava no interior, em Guaratinguetá, cidade extremamente tradicionalista, e entre 1966 e 1968 havia uma revolução no mundo, a proposta dos hippies, na França os estudantes estavam fazendo uma revolução social. E eu lá em Guaratinguetá pensando: ‘O que eu vou fazer? Quero fazer alguma coisa!’ Uma vez um professor de português deu a oportunidade de os estudantes fazerem uma pesquisa sobre a cultura brasileira, sobre as crendices populares, e então andei por Guaratinguetá, por Cunha, Pindamonhangaba, onde existia roça. O que eu colhi de histórias, de crendices e contos do povo... Aquela região era muito rica, porque foi uma região cafeeira, havia muita fazenda ao redor, um grupo de escravos que veio da África, e a forma como os negros passam a cultura adiante é uma forma oral. Depois disso, um dia li um quadrinho de terror, acho que de Rodolfo zalla, e pensei que tudo isso de contos e crendices tinha a ver. Aí escrevi a primeira história, ‘Cabeça Satânica’, mandei para a editora e passou", conta a roteirista, hoje com 67 anos, enquanto mostra as revistas que guarda da época, em seu apartamento no bairro da Bela Vista, em São Paulo.


"É como o Carlos Zéfiro, que usava o nome estrangeiro nos 'catecismos' dele, mas o estilo, os desenhos, o machismo, o comportamento psicológico sexual já era uma coisa tipicamente brasileira. Quando eles começaram a fazer terror, embora usassem o nome, a roupa e o castelo estrangeiro, já era quadrinho brasileiro, porque tinha o tom brasileiro"
Álvaro de Moya


“O trabalho dela era bem diferente porque era o folclore da serra e, além do mais, ela tinha muita criatividade, muita gente gostava”, elogia zalla. Maria Aparecida é não só uma das pioneiras do terror à brasileira como uma das poucas mulheres envolvidas no gênero nessa fase. Além dela havia helena Fonseca, também roteirista, muito prolífica na década de 1960 e que depois se afastou dos quadrinhos.


José Mojica Marins também teve papel importante no desenvolvimento do terror com influências brasileiras. Ao lado de Rubens Lucchetti, Mojica levou seu Zé do Caixão aos quadrinhos na década de 1960 com a revista O Estranho Mundo de Zé do Caixão, com histórias desenhadas por Nico Rosso. Nas páginas da publicação saiu inclusive uma fotonovela mostrando cenas censuradas do episódio “A Ideologia”, do filme homônimo à revista. “O que você ficou impossibilitado de ver no cinema, por ter sido cortado pela censura, você vê nessa novelização completa de ‘A Ideologia’”, anunciava a hQ. Nas palavras de Rubens Luccheti, em entrevista para o livro No Reino do Terror, as histórias da revista, ao mostrar “o painel grotesco de nosso dia-a-dia, revelaram que o estranho mundo de Zé do Caixão é o Brasil”.


O terror nas HQs também se misturou ao univer- so dos mangás perto do fim da década de 1960. A editora Edrel marcou essa fase com revistas como Terror Especial e Estórias Avançadas, que reuniam quadrinhos de terror influenciados pela produção oriental. “Como a editora era formada por nisseis, eles apresentavam em suas histórias personagens e temáticas totalmente diferentes, ressaltando o intimismo, a violência e a filosofia de prosperidade japonesa”, comenta o jornalista Franco de Rosa.


Minami Keizi (1945-2009), diretor-geral da Edrel até 1972, comentou o estilo da editora em uma entrevista de 2006. “Vim para São Paulo para ser desenhista de HQ. Porém o meu estilo era mangá puro, pois as minhas referências eram essas. No interior, em Lins, eu morava numa colônia de japoneses. Quando aqui cheguei, logo depois da ‘revolução’ de 64, os meus desenhos foram reprovados. Mas eu achava que o estilo mangá ia pegar no Brasil. Quando tive oportunidade de ser editor, as mi- nhas equipes eram exclusivas e faziam quadrinhos diferentes”, contou Keizi. “A gente fugiu do padrão norte-americano. [Paulo] Fukue criou os neoquadrinhos, uma espécie de expressionismo alemão ou neorrealismo italiano. [Fernando] Ikoma, com a sua ‘Espiã de Vênus’, ou Fikom, desbancava Barbarella. [Cláudio] Seto, com ‘Samurai’, mostrou ao Brasil o mangá precursor do Lobo Solitário.”


A Edrel produziu na época muitos quadrinhos de terror misturados com ficção científica, e foi na editora que o desenhista Fernando Ikoma publicou sua heroína de terror: Satã, a Alma Penada, mulher que teria cometido muitos pecados em vida e que, após a morte, frequentava o mundo dos vivos com o objetivo de cumprir as cem missões impostas a ela para poder libertar sua alma.


Tratava-se de uma personagem bastante original em tempos em que os desenhistas brasileiros se concentravam quase exclusivamente nas vampiras. Colonnese foi o pioneiro, em 1966, com Mirza, a Mulher Vampiro. “Ela era uma vampira diferente porque o Meri (Luís Meri Quevedo, roteirista das histórias) colocou como ele quis. Não respeitou o fato de os vampiros viverem à noite, a lua cheia... Colocou a Mirza na praia, em Ipanema. Era uma maneira insólita. Deu certo, o público gostou”, comenta Rodolfo zalla. “Ela é a única vampira que gosta de praia porque eu gosto de praia”, decretou um en- tusiasmado e debochado Colonnese (1929-2008) em uma entrevista concedida em 2006 na escola de desenho onde lecionava, em Utinga, na cidade de Santo André. “Mirza foi anterior à Vampirella. Em uma das capas da [revista] Vampiro apareceu uma mulher nua, com fundo vermelho, ajoelhada. Essa capa teve um impacto, e a revista começou a vender”, detalha Zalla.


Outra vampira bem famosa na época foi Naiara, a Filha de Drácula. Criada por René Barreto de Figueiredo e desenhada por Nico Rosso, Naiara nunca coloca seus dentes no pescoço de uma presa: está sempre munida de navalha e de uma taça, na qual bebe o sangue das vítimas como se fosse um drink. As histórias de Naiara foram publicadas entre 1968 e 1970, e hoje o cineasta Ivan Cardoso detém os direitos de adaptação da vampira para o cinema.


"O gênero terror era publicado desde a década de 50. O terror das décadas de 50 e 60 atingiu as massas e era muito bom. Já na década de 70 houve a seleção, e em 80 a saturação"
Minami Keizi


Após o boom da década de 1960, na metade dos anos 1970 grande parte das publicações de terror nacional saiu de circulação, e as editoras fecharam as portas ou passaram a publicar outros tipos de histórias. O gênero ganhou um segundo fôlego no fim da década, com mais influências de ficção científica e de um terror ligado aos acontecimentos da época. “Teve um renascimento, mas, claro, as editoras paulistas praticamente pararam. A quantidade de revistas era menor, a venda também era menor. Foi decaindo no sentido geral, não somente terror”, diz Zalla. “O gênero terror era publicado desde a década de 50. O terror das décadas 50 e 60 atingiu as massas, e era muito bom. Já na década de 70 houve a seleção, em 80 a saturação. O mal dos editores nacionais é que todo mundo vai na onda. Se mangá está vendendo, todos lançam mangá e diluem o mercado”, resumiu Keizi.


Muitos desenhistas da “fase de ouro” abandonaram o gênero e os próprios quadrinhos, em vários casos partindo para áreas como ilustração e publicidade. Zalla ainda voltaria com uma editora em 1980, a D-Arte, atuando até o fim daquela década, em meio a diversos altos e baixos. Já Maria Aparecida Godoy foi trabalhar com ilustrações institucionais e hoje é aposentada. Outros desenhistas – como Jayme Cortez, Nico Rosso, Colonnese e Minami Keizi – já morreram, e seus trabalhos infelizmente circulam pouco, apenas algumas bibliotecas públicas têm uma coisa ou outra de quadrinho de terror nacional.


Uma forma de conhecer essas obras é por meio de relançamentos, documentários ou livros sobre o assunto. Mirza, por exemplo, ganhou edição es- pecial, enquanto parte da obra de Shimamoto foi reunida no livro Volúpia, e a do roteirista Lucchetti em No Reino do Terror. A história da La Selva está no livro La Selva – Pequena História de uma Editora Popular, de Reinaldo de Oliveira. Já o trabalho de Minami Keizi e da Edrel – que além de terror publicava quadrinhos eróticos – aparece no livro Maria Erótica e o Clamor do Sexo, de Gonçalo Júnior (autor de A Guerra dos Gibis, livro bastante completo sobre os quadrinhos brasileiros), e no curta-metragem Minami em Close-Up – A Boca em Revista, de Thiago Mendonça, que junto com Rafael Terpins está produzindo um curta-metragem de animação sobre os personagens da Edrel.


O mestre das sombras e do traço em preto e branco Júlio Shimamoto, após um longo período na publicidade, segue na ativa – embora obviamente não trabalhe tanto como em outros tempos, quando produzia seis páginas por dia. Em 2011, foi lançado um curta-metragem de animação baseado em uma obra do desenhista e do roteirista Antônio Rodrigues, O Ogro, com direção de Márcio Junior e Marcia Deretti. Sobre o mercado de terror nos dias atuais, com hollywood investindo em remakes de tramas japonesas, Shima acredita que o Brasil deveria “aproveitar o gancho” e produzir mais. “Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay!”, brinca o desenhista.



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Esta reportagem é parte de uma pesquisa feita entre 2005 e 2011 para uma antologia e um documentário que estão sendo produzidos, respectivamente, por Adriana Terra e pelo pesquisador Remier Lion

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 quadrinhos, terror, ebal, rge, nico rosso, julio shimamoto, jayme cortez, álvaro de moya, rodolfo zalla, osvaldo talo, eugenio colonnese, maria aparecida godoy, josé mojica marins, rubens lucchetti, minami keizi

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